terça-feira, 6 de novembro de 2007

Nada existe em vão

aprendi a vida assim
suster
preciso de algo
querer um lado que nos supera é um tanto maravilhoso .
o árduo é pisar o chão
triste, sentir-me fraca perante tanta cor
a minha sombra empurra-me
assopra-me e grita-me ao ouvido .
as horas não me largam, a minha vida conta-sse
fico sobre a mesa, às escuras
o som vai-sse e fico com o chão solto
os meus dedos primem a exaltação discretamente .
não entendo
( simples os sopros que dizem algo , mas não percebo )
fogem para o fim
deixo-me estar com medo que voltes
medo do toque .
do toque que sei
eu sou o abismo do céu

[ indiferente, a quem sou ou suponho que mal sou . FP ]

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