segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O pior do melhor.

Sabes esse tempo de exaustão?
Sabes o tempo de espera, de felicidade gratuita, algo fugaz e ardente?
Os meus hábitos vão diminuindo, esperando sentados no canto da janela, a ver passar os raios cheios de luz.
Conheces os meus traços?
Conheces a minha voz silenciosa e o seu grito no interior?
Nada passa senão plenitude cansada e meios incompletos.
Se te pedisse entendias?
Se te pedisse, irias ao longínquo e voltavas?

Ruas e mais ruas, céus e cores vistas de baixo, e eu de silêncio inóspito, continuo a ver-te passar.
Coisas que já não passam na minha pele, brisa que já não se sente.

Olho para as minhas mãos e vejo-as com seguimento, com prazer e pressa.
Vejo-as com desespero e admiração, vejo-as com uma busca de felicidade.

É desta forma que ninguém sabe o meu tempo, é assim que ninguém me pode conhecer,
por breves ruas, cores e céus. 
Portanto não vou pedir nada.

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