quinta-feira, 4 de março de 2010

deep blue

Hoje estou à beira-mar, molhando os meus olhos e os meus sinais coloridos de castanho, com o sal da liberdade perdida no azul fundo, com os pensamentos que o vento me tira sem querer.
Fiz um castelo pequenino e deixei uma concha lá dentro, vai ser o meu encanto, vai contar os minutos até o sol desaparecer, até lá, viajo no fundo do mar encontrando vozes e sombras, descobrindo paraisos que não encontro lá fora.
A minha pele fica morena e leve, mel e açucar desdêm-se na longitude da maresia, e o cabelo preto transforma a minha sombra num ápice profundo.
Eu sustento a respiração e conto até 20, abro os meus olhos e venho à superficie, sinto o prazer de acordar de um sonho feito de realidades, puxam-me pela mão e venho até à areia, lá está a minha pequena concha, marcada com a leveza do mar, apanho-a e guardo-a comigo, um dia dou-a a alguém para viajar comigo pelo fundo do azul, e poder ver o que eu vejo sem ninguém mais saber. *

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